
Espreitei pela porta de vidro partido,
Aquele que está colado com fita-cola castanha,
Vi-te sentado no envelhecido sofá já coçado da tua vida,
Chamei-te e tu não me respondeste…
Tinhas os pés descalços colados ao chão
Como se quisesses criar raízes.
Atormentada pela tua ausência,
Invadi o mundo das sombras,
Esgueirei-me na escuridão e de surdina chamei:
-Avó, avó!
- Acorda avozinha!
Procuro novas do teu neto?
Perdi-o na soma das palavras.
2 comentários:
Vim deixar meu carinho pra vc Mello.
beijooo.
Não me lembro onde foste colocada o ano a seguir. Lembro-me de olhar para o portão e, por vezes, pensava que te ia ver entrar toda sorridente a dar bom-dia a todos os se cruzavam contigo.
Na sala de professores ficou a falta da tua alegria, do teu entusiasmo e sobretudo do teu jeito amigo de ser. Aquelas brincadeiras inteligentes que deixavam todos a sorrirem. E o mais importante o sabermos que podíamos contar sempre contigo.
Beijos
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