
Choro, metido na masmorra
do meu nome.
Dia após dia, levanto, sem descanso,
este muro à minha volta;
e à medida que se ergue no céu,
esconde-se em negra sombra
o meu ser verdadeiro.
Este belo muro
é o meu orgulho,
que eu retoco com cal e areia
para evitar a mais leve fenda.
E com este cuidado todo,
perco de vista
o meu ser verdadeiro.
Rabindranath Tagore, in "O Coração da Primavera"
Tradução de Manuel Simões
1 comentário:
Olá Graça!
Como estás?
Simplesmente lindo "A prisão do orgulho" acompanhado de uma bela canção! Lindo de verdade!
Bom Domingo!
Beijinho,
Fátima
Enviar um comentário