Ontem, dormi de luz acesa. Contaram-me os maus génios das gentes da terra. Estão ligadas a mal-feitos, bruxarias e afins. Não sei se acredito, mas também não quero pensar nisso: em mulheres que vão à noite ao cemitério, que fica em cima da colina, vejo-o da minha varanda, buscar terras e ossos para oferecer envolvidos em presentes sobretudo na comida, Cruzes, credo, meu Deus tanta ignorância. Mas a verdade é que assusta e bastante. Tanto me assustou que fui para a cama pronta para lutar com o que desse e viesse.
O ano passado, mesmo este ano, falaram-me na justiça popular, fecham a serra e fazem justiça pelas próprias mãos, aqui não há lei nem rei.
Também já sofri na pele o mexerico, o que não se sabe inventasse. Veio uma matrona horrorosa do continente e a minha vida particular foi inventada nas tabernas e em casas particulares. A colega diz que a vida dela é um livro aberto, mas todas as vezes que o livro abre e fecha é na vida dos outros que ela fala. Isto foi néctar dos deuses para esta gente sedenta de me cortar na casaca. A quem devo agradecer tamanha bisbilhotice à colega e não só? Se não dessem demasiada confiança não recaia sobre mim, de novo, ninharias sem importância. Todas as vezes que uma pessoa se aproxima de outra deverá ponderar : será que não vou ter problemas... pior, criar problemas a quem gosta de silêncio e de paz.Onde vou buscar forças? Nem sei! Mas elas aparecem, penso que vem dos alunos, mas não sei se é verdade.
1 comentário:
Olá minha amiga!
Li "silêncio e paz" - não sei se devo rir, se devo ficar séria!
Penso que vou rir devido ao sentido de humor que, mais uma vez, colocaste no que escreves.Gostei.
Bom fim de semana, beijinho, fica bem!
Fátima
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