
Finais de Agosto…
Avizinha-se a passos largos um novo endereço.
A minha alma receia-o e anseia refugiar-se.
Tornar-se, temporariamente, invisível.
Mas o dever é inflexível…
Sujeita-me a andanças, quando o quero é ficar sossegada…
Tira-me os livros quando quero desbravá-los…
Não se importa que eu grite ou que eu chore de medo de enfrentar
mais uma batalha…
Não me atende, quando lhe digo que este ano já conheci gente suficiente.
Responde-me:
- “Nunca ninguém conhece gente suficiente!”
Peço, que me escute, que segure o tempo, que desta vez não me deixe
Partir… que não me deixe mudar…
Que estou a modificar-me e, muitas vezes, desconheço-me…!?
O Dever é surdo!?
Movido pela ambição de encontrar um lugar ao sol,
returque às minhas súplicas com a célebre frase:
- Ainda te queixas!?
Tu que viajas…
Tu que conheces novos lugares…
Tu que enfrentas novos desafios…
Tu que não conheces o tédio…
Já derrotada…
Contradigo…
Pois é. Não tenho direito a escolha!