Vivo experiências inéditas, algumas me parecem engraçadas, com o passar dos anos, outras deixam marcas profundas. Muitas calo-as porque as vivi sozinha. Porém, vou contar algo que teve várias testemunhas oculares. Uma nova personagem entrou na história da minha vida, um cavalo jovem e de cor castanha. Ontem, no meu passeio diário, com uma amiga, o seu filho e a sua gata, à ponta do Topo. A meio da descida, vimos um cavalo a correr pelos prados. Distraída, como sempre, não dei grande importância. Antes de chegar ao farol, o cavalo estava numa reentrância a tentar comer umas ervas recém cortadas, olhou-nos com delongado interesse e dirigiu-se a nós. Eu escondi-me atrás de um pequeno balde de lixo, de um domicilio, mas com o tempo verifiquei que não valia a pena esconder-me. O cavalo esticava o seu pescoço para cheirar-me, enfiava a cabeça no balde de lixo e voltava a aproximar-se de mim. Aproveitei a distracção do cavalo, com umas pequenas ervas, e muita caladinha comecei a descer a encosta. Já estava a recuperar, um pouco da tensão nervosa que se acumulara no meu corpo, quando oiço um galope atrás de mim. Era o cavalo. Seguiu-me para todo o sítio: escondi-me atrás de um carro, ele ficou à espera que eu me decidisse a sair; subi as escadas de uma casa, ele também as subiu; alberguei-me nos degraus de uma quinta, ele ficou à entrada com a cabeça virada para a mesma. Eu andava muito direitinha, tesinha que nem um pé de uma mesa, com o cavalo muito junto de mim, tão próximo que sentia o seu resfolgar nos meus caracóis. A determinada altura, vi um senhor, a trabalhar nos campos, e perguntei -lhe de quem era o cavalo. O homem não sabia.
E o cavalo? Continuava à minha beira.
Recomecei a andar, com o bicho colado em mim, acompanhando a minha sombra, comecei andar em ziguezague. Assim andávamos os dois de um lado para o outro da estrada. Não estava a gozá-lo, mas sim com medo. Por vezes, tinha a sensação que se eu parasse de repente o cavalo magoar-me-ia sem querer. Entrei no pátio de uma casa, não será preciso dizer que o cavalo seguiu-me. Já irritada com os risos dos tolos que me acompanhavam. Virei-me para o cavalo e disse-lhe: ÓOOOOOO. O cavalo parou. Ficámos de frente um para o outro. Eu sabia que ele tinha fome, mas o que é que eu podia fazer? Onde arranjar-lhe comida? Estavam todos a rir e ninguém fazia nada. Eu Já zangada com a situação, confusa e, de certa forma, uma onda de desespero crescia dentro de mim. O cavalo ainda me acompanhou mais um pouco. Depois ficou parado, à espera que eu voltasse do sítio onde estava sentada, como eu não me mexia, subiu a ladeira e voltou para o lugar, onde o tinha encontrado. Para regressar tive de voltar a fazer o mesmo percurso, mas desta vez ele ficou só olhar-me e não me seguiu.
E o cavalo? Continuava à minha beira.
Recomecei a andar, com o bicho colado em mim, acompanhando a minha sombra, comecei andar em ziguezague. Assim andávamos os dois de um lado para o outro da estrada. Não estava a gozá-lo, mas sim com medo. Por vezes, tinha a sensação que se eu parasse de repente o cavalo magoar-me-ia sem querer. Entrei no pátio de uma casa, não será preciso dizer que o cavalo seguiu-me. Já irritada com os risos dos tolos que me acompanhavam. Virei-me para o cavalo e disse-lhe: ÓOOOOOO. O cavalo parou. Ficámos de frente um para o outro. Eu sabia que ele tinha fome, mas o que é que eu podia fazer? Onde arranjar-lhe comida? Estavam todos a rir e ninguém fazia nada. Eu Já zangada com a situação, confusa e, de certa forma, uma onda de desespero crescia dentro de mim. O cavalo ainda me acompanhou mais um pouco. Depois ficou parado, à espera que eu voltasse do sítio onde estava sentada, como eu não me mexia, subiu a ladeira e voltou para o lugar, onde o tinha encontrado. Para regressar tive de voltar a fazer o mesmo percurso, mas desta vez ele ficou só olhar-me e não me seguiu.
4 comentários:
Olá, minha amiga!
Que delícia! Agora é a vez de eu, aqui feita tola, me rir, não pelo teu medo, mas pela maneira engraçada como contas esta aventura! Como se diz na minha terra "Está de gritos"!
O teu sentido de humor está bem vivinho em "cavalo", o que é muito bom.
Imagino que hoje, ao pensares no que aconteceu, já deves ter dado alguma daquelas tuas gargalhadas saudáveis que fazem bem à alma e ao coração. Estou certa?
Minha querida, uma boa tarde de Domingo, beijinho e fica bem!
Fátima
Sabes bem que os animais te adoram!
Em Espanha foi um cão!
Em S. Jorge era um Burro!
Agora um cavalo!
Se um dia te atreves a entrar no mar, decerto vais ser seguida por golfinhos...
Depois que não sejam tubarões no mar e galinhas em terra, com o resto cá me aguento.
Mas que situação mais marada, acontece-te cá com cada uma....!!!!!
Até eu senti medo. Felizmente acabou tudo bem.
Um beijinho e uma boa semana :-)
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