quinta-feira, 15 de setembro de 2011

posição de combate



Há dias que nunca deviam existir no calendário, este é um, o dia da entrega dos horários aos professores. Já tive conhecimento, logo no primeiro dia, em que ocorreu a reunião geral de professores, da distribuição de serviço. Fiquei completamente sem ação, só me apetecia ficar longe da escola. Logo a seguir tive o célebre diálogo com o senhorio, já que estava dorida ficava tudo de uma vez.
O horário vai ser uma MMMMMMMM, não pode ser uma coisa de jeito, com tanto serviço.
A culpa é minha nunca faço amizade com gente influente, não tenho paciência para dizer sempre que sim e para andar sempre a lamber botas. Raio de vida, lixo-me sempre, pois não faço nada para agradar.  
Quando o receber já não posso desaparecer como fiz quando tive conhecimento do meu serviço, tenho duas reuniões a seguir, uma delas é presidida por mim.  Estou tão cansada de andar sempre em posição de combate.

7 comentários:

filomena disse...

bonequinha! O horário como é?

Mello disse...

pior do que eu pensava. É muito mesmo muito mau. Os colegas que se dignaram a olhá-lo arrepiaram-se. Enquanto estiver aqui serei eternamente contratada.

Mas prometo que não me vou cansar, só o essencial. Hoje na reunião, desisti da realização de quatro atividades, aleguei a verdade tenho demasiado serviço lectivo.

Fátima Vargas disse...

Olá amiga!

Sabes que não sou pessoa de me queixar e aceito as coisas com muita naturalidade.

Hoje é diferente - gostaria que visses o meu horário também, o número de turmas e os níveis - inacreditável! Não choro porque "ainda sou uma mulher forte", mas que dói, dói!!

Dizem-nos que devemos estar felizes por ter emprego. Estou feliz por isso, mas a exigência é extrema. Não temos vida própria. Enfim...

Vamos tentar levantar a cabecinha, dar o nosso melhor pelos nossos meninos e a mais não somos obrigadas!

Boa noite, beijinho e fica bem!

Fátima

Mello disse...

Nem sei o que dizer. Tens muitas turmas eu tenho muitos níveis. Não me apetece trabalhar, não quero voltar à escola, por mim hibernava por cinquenta anos. Só me faltava mais esta.

Já escrevi que acredito na lei do retorno, por isso, aquilo que senti ao receber a chicotada do horário será o que os meus colegas sentirão quando ao fim de dois anos concorrer a tua amiga ao Conselho Executivo. Prometo que terão um bom horário a limpar latrinas.

Mello disse...

desta forma, vamos chegar ao início das aulas cansadas e tristes. Já me sinto sem forças para reclamar. Afinal nem vale a pena é um dado adquirido. E se falarmos muito, podem piorá-lo. E dizem que vivemos num país livre. Num país onde não há diálogo não pode haver entendimento.

beijos e força!

Krïxtïna disse...

Realmente, acontece-te cada uma. Uns queixam-se por não ter trabalho, outros têm trabalho a mais. Quem manda está a ficar tolo. Tanto professor por aí desempregado e a receber subsídio de desemprego era muito melhor colocar mais professores nas escolas e distribuirem o trabalho por todos. Mas não... E quer o governo que o nosso país vá para a frente. Como?? Neste estado? Qualquer professor fica desanimado a olhar para um horário cheio de turmas e de níveis. Não tem tempo para preparar as suas aulas com rigor e muito menos vontade de sair da cama para ir para a escola. Dass....

Força, concorre a esse Conselho Executivo. Gostava de estar nessa escola só para poder votar em ti :-)
Beijinhos e ânimo.

Mello disse...

Desculpa!

Eu a queixar-me tanto e tu sem colocação. Já estive muitas vezes no teu lugar e nestas alturas não me importava de dar aulas em cima de uma pedra com todo mar à volta, nem que fosse só para falar para os tubarões.

Mas quando efetivamos as coisas mudam, queremos respeito afinal pertencemos ao corpo docente daquela escola. E o meu horário e o da minha colega revelam um grande falta de consideração por nós.
Trabalhas-te comigo nos Biscoitos e sabes que para trabalhar estou sempre pronta, e por vais perceber o que dói mais é ação, o abuso de poder de colegas que entraram para o CE pela porta do cavalo.